terça-feira, 24 de abril de 2012

Cipó - 9. Mitos (parte 2 de 2)


Continuando o tema dos mitos indígenas, trazemos agora a segunda e última parte do assunto. Este é um conto também bastante conhecido em todo o Brasil. Fala sobre a origem um dos pássaros com um dos mais belos cantos de todos: o uirapuru. Assim como no mito anterior, a imagem de Tupã se faz presente neste também, assim como também o romantismo e a magia. Existem outras versões da história, mas deixaremos aqui uma das mais famosas.

“Uirapuru – O Canto Encantado”

Em uma certa tribo, um jovem, não muito belo, era admirado por todas as jovens por tocar muito bem sua flauta. Deram a ele então o nome de Catuboré, que significa “flauta encantada”. Dentre todas as moças da tribo, a única que realmente conquistou seu coração foi a bela Mainá.



Os dois iriam se casar na primavera, e por isso estavam muito felizes. Um certo dia, Catuboré saiu para caçar. Mainá ficou esperando por ele, mas Catuboré não voltava. Por causa de sua demora, toda a tribo foi procurar o jovem rapaz. Depois de muita busca, acabaram encontrando-o sem vida, embaixo de uma árvore. Havia sido picado por uma cobra peçonhenta. Ele foi sepultado no mesmo local onde foi encontrado.



Mainá ficou aos prantos. Passava horas lamentando aos prantos a perda de seu amado. A alma de Catuboré lamentava profundamente o sofrimento de sua noiva, não encontrando assim paz. Resolveu então pedir ajuda a Tupã, que transformou então a alma do jovem no pássaro uirapuru, que assim como Catuboré era quando vivo, possui escassa beleza, porém, um canto maravilhoso, que se assemelha ao som da flauta tocada pelo jovem. Isso fez com que Mainá se alegrasse. Até hoje o canto do uirapuru encanta os outros pássaros e seres da natureza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário