Continuando o tema dos mitos indígenas, trazemos agora a
segunda e última parte do assunto. Este é um conto também bastante conhecido em
todo o Brasil. Fala sobre a origem um dos pássaros com um dos mais belos cantos
de todos: o uirapuru. Assim como no mito anterior, a imagem de Tupã se faz
presente neste também, assim como também o romantismo e a magia. Existem outras
versões da história, mas deixaremos aqui uma das mais famosas.
“Uirapuru – O Canto Encantado”
Em uma certa tribo, um jovem, não muito belo, era admirado
por todas as jovens por tocar muito bem sua flauta. Deram a ele então o nome de
Catuboré, que significa “flauta encantada”. Dentre todas as moças da tribo, a
única que realmente conquistou seu coração foi a bela Mainá.
Os dois iriam se casar na primavera, e por isso estavam
muito felizes. Um certo dia, Catuboré saiu para caçar. Mainá ficou esperando
por ele, mas Catuboré não voltava. Por causa de sua demora, toda a tribo foi
procurar o jovem rapaz. Depois de muita busca, acabaram encontrando-o sem vida,
embaixo de uma árvore. Havia sido picado por uma cobra peçonhenta. Ele foi
sepultado no mesmo local onde foi encontrado.
Mainá ficou aos prantos. Passava horas lamentando aos
prantos a perda de seu amado. A alma de Catuboré lamentava profundamente o
sofrimento de sua noiva, não encontrando assim paz. Resolveu então pedir ajuda
a Tupã, que transformou então a alma do jovem no pássaro uirapuru, que assim
como Catuboré era quando vivo, possui escassa beleza, porém, um canto
maravilhoso, que se assemelha ao som da flauta tocada pelo jovem. Isso fez com
que Mainá se alegrasse. Até hoje o canto do uirapuru encanta os outros pássaros
e seres da natureza.
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